"A IV UfM Water, conferência da Union for the Mediterranean sobre a água, terminou sem alcançar um acordo devido às divergências entre Israelitas e Árabes em relação aos territórios ocupados. A conferência que reuniu 43 países em Barcelona (Espanha) devia resultar na adopção de uma estratégia sobre a água no Mediterrâneo, a fim de garantir um acesso equitativo a este escasso recurso na região, além de impedir que resulte objecto de novos conflitos no futuro. No entanto, uma referência aos "territórios ocupados" por Israel impediu a aprovação do documento final, já que o Estado hebreu rejeitou esta fórmula e a parte árabe se opôs à formulação alternativa proposta pelos Europeus de "territórios sob ocupação", explica Pierre Lellouche, secretário de Estado para os Assuntos Europeus francês.O objectivo da "IV UfM Water" era garantir o acesso à água e potenciar a poupança de 25 por cento deste bem essencial até 2025, comparativamente ao consumido em 2005. Aproximadamente 290 milhões de habitantes de países do Mediterrâneo vão ter um acesso limitado à água já em 2025, uma situação que pode gerar conflitos sociais e territoriais, garantem as Nações Unidas. O secretário-geral da UfM realça a importância de adoptar acções urgentes que garantam recursos diversos e que permitam o desenvolvimento equilibrado de todos os países, sem comprometer ecossistemas. "É necessária uma nova cultura que crie mecanismos capazes de gerar prosperidade", alerta Ahmad Masadeh."
In Álem-Mar, Maio 2010
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