quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Quantas aves passam o Inverno em Portugal?




pilrito-das-praias


Quantas aves passam o Inverno na costa de Portugal?No final do ano passado, três instituições nacionais juntaram-se para responder a esta pergunta.
gaivota-d'asa-escura

Agora em 2010, o Projecto Arenaria apresenta os seus primeiros resultados e prepara-se para mais uma época de amostragem. Estes resultados poderão ser muito úteis na avaliação da biodiversidade costeira Portuguesa.Nos meses de Dezembro de 2009 e Janeiro de 2010, 93 voluntários percorreram a pé mais de 860 km de costa portuguesa (tanto no continente como nas regiões autónomas) e realizaram assim o primeiro censo nacional de aves costeiras não estuarinas de Portugal. O objectivo final deste projecto é analisar com detalhe a dimensão das populações de aves costeiras que visitam o nosso país e a sua distribuição e estabelecer uma base de informação para compreender a sua evolução ao longo do tempo.Os resultados têm sido analisados ao longo do ano e fruto deste trabalho o ISPA – Instituto Universitário, o MNHN – o Museu Nacional de História Natural e a SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, podem agora divulgar os resultados mais marcantes.
andorinhas-do-mar
No total foram contadas mais de 47,000 aves marinhas e aquáticas distribuídas pelo Continente, Açores e Madeira, pertencentes a 42 espécies. As 6 espécies mais abundantes foram a gaivota-d’asa-escura (11,657 inds.), a gaivota-de-patas-amarelas (9,752 inds.), o pilrito-das-praias (2,545), a rola-do-mar (2,298), o guincho (1,243) e o corvo-marinho (948).No continente foram identificadas 40 espécies. O grupo mais abundante foram as gaivotas seguido do das limícolas. Das restantes espécies destacam-se ainda corvos-marinhos, andorinhas-do-mar, patos-marinhos e garças. Nas regiões autónomas o padrão encontrado foi semelhante, embora a diversidade de espécies tenha sido naturalmente menor.Entre os resultados obtidos cabe ainda destacar a grande concentração de aves aquáticas em torno de Lisboa e também no norte do país. Algumas das aves observadas, como é o caso da rola-do mar, fazem longas migrações, efectuando anualmente largas dezenas de milhares de quilómetros nos seus voos entre as áreas de invernada no nosso país e os seus locais de reprodução nas zonas árcticas da Sibéria, Islândia e Gronelândia.Um dos membros da Equipa Coordenadora, Miguel Lecoq, afirma que este projecto “veio colmatar uma grande lacuna no conhecimento da biodiversidade da nossa costa e da sua importância para a conservação das espécies a ela associada. Claramente, as espécies não se distribuem de forma igual na costa portuguesa e o próximo passo será compreender melhor as razões dessas diferenças. As aves podem ser bons indicadores do estado dos nossos ecossistemas e este projecto, que resulta do esforço de muitos voluntários (cerca de 100), pretende continuar a estudar esta importante componente da biodiversidade da nossa costa e monitorizar o estado das suas populações”.Já no inverno de 2010/11, a SPEA e os seus parceiros preparam-se para mais um censo, que permitirá obter mais dados de forma a conhecer as tendências populacionais destas espécies e avaliar assim as suas situações de risco.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

DIA DA FLORESTA AUTÓCTONE

Celebra-se hoje o Dia da Floresta Autóctone que foi estabelecido para promover a divulgação da importância da conservação das florestas naturais, apresentando-se simultaneamente como um dia mais adaptado às condições climatéricas de Portugal e Espanha para se proceder à sementeira ou plantação de árvores, alternativo ao Dia Mundial da Floresta, 21 de Março, que foi criado inicialmente para os países do Norte da Europa. A plantação de árvores na Primavera, em Portugal, apresenta frequentemente um baixo sucesso associado ao aumento das temperaturas e redução das chuvas que se faz sentir com a proximidade do Verão.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O Sapo também é ambientalista!!!



"Medicamentos eliminados no esgoto alteram a reprodução dos peixes
Por Isabel Palma (15-11-10)
Vários estudos evidenciaram que os comportamentos de acasalamento dos peixes são alterados na presença de pequenas quantidades de fármacos na água.
Os medicamentos e outros químicos utilizados em casa como os detergentes afectam a reprodução e desova dos peixes, mesmo quando estão na água em baixas concentrações. Estes resultados foram divulgados no encontro da Sociedade de Toxicologia Ambiental e Química, realizado em Portland.
Estes compostos quando são despejados nas sanitas e ralos dos lavatórios têm como destinos final os cursos de água, uma vez é difícil removê-los durante a fase de tratamento das águas residuais.
Melissa Schultz, química do College of Wooster, em Ohio, refere que “é fácil verificar se um peixe sofre alterações anatómicas (…) no entanto, determinar os efeitos no acasalamento requer um trabalho mais meticuloso”.
Um estudo realizado por Dalma Martinovi, toxicologista ambiental da Universidade de St. Thomas, no Minnesota, verificou distúrbios comportamentais no peixe-zebra (Danio rerio), num tanque que continha 50 microgramas por litro de ibuprofeno (anti-inflamatório).
O ibuprofeno nos humanos inibe a produção de prostaglandinas que estão envolvidas no processo inflamatório. Nos peixes estas substâncias actuam como feromonas. Na presença do medicamento a sua produção é inibida o que provoca a alteração do seu comportamento sexual.
Apesar de não existirem alterações anatómicas ou fisiológicas visíveis nos peixes, pode-se verificar mudanças de comportamento uma vez que ocorrem com concentrações mais baixas destes químicos. Estas alterações na reprodução podem afectar a prosperidade dos peixes. É difícil alcançar a magnitude dos impactes destes compostos na vida selvagem.
Fonte: http://www.scientificamerican.com/"




Para leres mais notícias relacionadas com o meio ambiente vai a:


domingo, 21 de novembro de 2010

Livro do Parque Nacional da Peneda-Gerês




A história que se conta neste pequeno livro, embora não tenha sido real, foi produzida a aprtir de um real, mas infeliz acontecimento: a morte estranha de uma águia-real na Serra Amarela, em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês. Além de uma história, este livro contém ainda várioa desafios, como sopas de letras, diferenças, labirintos, e muitos outros passatempos, tudo tendo por base a defesa da natureza.


sábado, 20 de novembro de 2010

Observação de aves na albufeira do Azibo

Tartaranhão

"Situada em pleno coração do Nordeste Transmontano, assente num planalto delimitado pelos maciços montanhosos da Serra Bornes a sul, e da Serra da Nogueira a norte, próximo das terras quentes da bacia do Sabor, a Albufeira do rio Azibo (integrada na Rede Natura 2000, com o estatuto de Paisagem Protegida) possui um apreciável património de avifauna que está intimamente associado ao seu enquadramento geográfico.
A grande diversidade da flora e habitats que ladeiam a Albufeira do Azibo, fazem deste local ideal para a observação de aves, como prática de campo da ornitologia. Para além das espécies residentes, podem ser observadas, aves estivais e invernantes. Durante as épocas migratórias, podem ainda ser observadas diversas espécies em trânsito.


Narceja




De entre as inúmeras espécies que se podem observar nesta área destacamos, o Mergulhão-de-crista Podiceps cristatus, o Pato-real Anas platyrhynchos, a Narceja Gallinago gallinago, a Garça-real Ardea cinerea, a Garça-boieira Bubulcus ibis, a Águia-calçada Hieraaetus pennatus, a Águia-cobreira Circaetus gallicus, o Tartaranhão-caçador Circus pygargus, o Milhafre-preto Milvus migrans, para além de mais de 40 espécies de passeriformes. "




milhafre-preto







In: http://www.azibo.org/obsaves.html

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Truta

A Truta tem como característica o corpo em formato fusiforme, alongado e comprimido. A coloração do dorso varia do castanho para esverdeado, os flancos são acinzentados e o ventre esbranquiçado. Apresenta pintas escuras espalhadas pelo corpo e nadadeiras. A pele é coberta por centenas de pequenas escamas ciclóides firmemente aderidas.
Vive em pequenos rios de águas frias e oxigenadas, mas também se adapta com facilidade aos ambientes de água parada de lagos e represas.Tem hábito alimentar carnívoro, consumindo grande variedade de organismos, como pequenos caranguejos, insectos e as suas larvas, e pequenos peixes. A sua carne é de excelente qualidade. Na nossa região pode ser encontrada no Rio Poio.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro

A empresa Águas de Trás-os-Montes lançou, em 2004, este livrinho, da autoria de Nuno Farinha e Fernando Correia, onde figuram vários espécimes de fauna e flora da nossa região, como o Medronheiro, o Carvalho-roble, o Noitibó-da-europa, a lontra, a truta-de-rio, o lobo ibérico, a salamandra portuguesa, etc...
Capa
Contra-capa com uma citação de Miguel Torga, o grande representante da literatura transmontana.


"A região de Trás-os-Montes e Alto Douro é um paraíso biológico insuspeito, já que abriga uma enorme diversidade de habitats, desde as frescas e altas áreas montanhosas do Gerês, Larouco e Montesinho, a Norte, até aos quentes vales de baixa altitude da Terra Quente Transmontana e Douro Superior, a Sul.
Este gradiente climático permite a existência de variadas comunidades faunísticas e florísticas, de que se destacam, pela sua pecularidade e riqueza, a avifauna das arribas do Douro Internacional (onde se podem observar aves de rapina e aves necrófagas, como os abutres), assim como a dos bosques de carvalhos, castanheiros e pinheiros. Sobressai também a abundante fauna dos habitats ripícolas transmontanos, os quais, particularmente durante o Verão e nas regiões mais quentes, asseguram a vida em condições agrestes, bem como as várias comunidades de mamíferos que percorrem todo o planalto e vales durienses."

mergulhão



chasco-negro





quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Emptyman


Agora, no núcleo de Cerva, já existem caixas da Emptyman onde poderás colocar os tinteiros vazios. Deste modo, além de ajudar o ambiente, estarás a ajudar a Abraço.
"A Emptyman é um projecto que conta com o apoio da Abraço. Visa participar nas acções de defesa e preservação do meio ambiente, através da recolha e reciclagem dos consumíveis de impressoras a jacto de tinta e laser usados.
Dando a sua contribuição para este projecto, estará a ter um papel crucial e preponderante na economia de recursos naturais que são fundamentais para a manutenção da vida no nosso planeta; haverá uma diminuição notável de desperdícios; manter-se-á o meio ambiente e os habitats naturais da fauna e da flora. Todos os tinteiros e toners recolhidos serão reciclados ou tratados de modo específico para que não sejam atirados para os aterros, prevenindo assim que se esperem 600 anos para que os mesmos se biodegradem." (http://abraco.org.pt)/

terça-feira, 16 de novembro de 2010

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Concurso "O papelão"

Participa no concurso "O papelão" e faz um ecoponto para colocares na tua sala. Há prémios para os melhores!!! Não esqueças que se pretendem ecopontos criativos e feitos com materiais reutilizáveis. O concurso destina-se a todas as turmas, de todos os níveis, do Agrupamento. Eis o cartaz:

domingo, 14 de novembro de 2010

Sociedade Protectora para o Estudo das Aves


No sítio desta organização ficará a saber tudo sobre as nossas aves, como vivem, como se reproduzem e, muito importante, como podem ajudar esta sociedade participando nas suas actividades.

sábado, 13 de novembro de 2010

Birdwatching


Realiza-se nos dias 4 e 5 de Dezembro na Área Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos em Ponte de Lima o curso de Iniciação ao Birdwatching.
O Birdwatching é uma actividade de lazer baseada na observação das aves no seu meio natural, através de visualização simples ou com recurso a binóculos e telescópios de campo.
Integrado nas comemorações do Ano Internacional da Biodiversidade e do 10º Aniversário da Área Protegida, que se celebra a 11 de Dezembro de 2010, esta formação é organizada pela Birds & Nature Tours em parceria com o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) e o Serviço Área Protegida do Município de Ponte de Lima.
O curso, que se destina a interessados com pouca ou nenhuma experiência, será dividido em duas partes, a prática junto ao Rio Lima e a teórica a realizar no Centro de Interpretação Ambiental.
Para mais informações, consulte o website das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos em http://www.lagoas.cm-pontedelima.pt/ ou o site da Birds & Nature http://www.birds.pt/.
Para inscrições, contacte a Birds & Nature através do e-mail booking@birds.pt ou pelo telefone 913 299 990.

In:

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Comemoração do dia da Floresta Autóctone


Apesar do valor estratégico da floresta, tem-se verificado nos últimos anos um acentuado aumento dos incêndios e da área ardida, causando a destruição de vastas áreas de floresta e colocando em perigo as populações e os seus bens.
Porque nos cumpre, a todos sem excepção, zelar por este património que é a Floresta, o Município de Ponte de Lima convida a participar na arborização de 2 ha, numa das áreas de maior relevância do concelho, em termos de conservação, a Área de Área de Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos.
Esta acção decorrerá no dia 20 de Novembro (Sábado), e tem como principais objectivos:
Sensibilizar e informar para a importância das florestas de conservação na prevenção de incêndios e na conservação da biodiversidade;
Participação de todos como acto de cidadania;
Dar a conhecer e acompanhar o ciclo de vida deste bosque que será criado no dia 20 de Novembro.

A plantação de árvores e arbustos de espécies autóctones é o culminar de uma parceria entre a Área de Paisagem Protegida e a Quercus, através do projecto Criar Bosques, Conservar a Biodiversidade.
Está prevista a participação de instituições relevantes no contexto da protecção florestal e da natureza, como a Associação Florestal do Lima, a Associação Florestal Nacional e a Quercus, entre muitas outras.
Esta actividade integra também as comemorações do 10º Aniversário da Área Protegida, que se celebra no próximo dia 11 de Dezembro de 2010.

Venha celebrar o Dia da Floresta Autóctone na Área de Paisagem Protegida, plantando uma árvore autóctone.
PROGRAMA
09h00 - Recepção dos participantes no Centro de Interpretação Ambiental
09h30 - Plantação de árvores e arbustos de espécies autóctones na Área de Paisagem Protegida
12h00 - Piquenique na Quinta de Pentieiros (da responsabilidade de cada participante)
14h00 - Conclusão dos trabalhos de plantação.

Agradecem-se a confirmação da sua presença, até ao dia 5 de Novembro, através do telefone 258 733 553 ou para o correio electrónico lagoas@cm-pontedelima.pt.
Não deixe de participar nesta iniciativa!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Estamos no S. Martinho!!!


Estamos perante uma árvore da família das Fagáceas. Este género é constituído por muitas espécies. Engloba nada mais, nada menos do que 12, espalhadas por várias partes do mundo. A mais importante de todas é o nosso castanheiro - Castanea sativa.
O castanheiro é uma árvore longeva, de folha caduca, que pode atingir mais de um milhar de anos de idade. As suas folhas têm entre 10 a 20 centímetros, são dentadas, mais claras na página inferior e translúcidas quando trespassadas pela luz solar. Os seus frutos são as conhecidas e apreciadas castanhas.
Aos 8, 10 anos de idade, o castanheiro já dá fruto, no entanto só depois dos 20 é que a frutificação passa a ser um fenómeno regular. A sua produção mantém-se elevada mesmo quando já está em idade avançada (o que significa 600 anos de idade ou mais). Até aos 50 a 60 anos de idade, o seu crescimento é bastante rápido, retardando depois até ao fim da vida. Pode atingir os 45 metros de altura e a sua copa pode chegar aos 30 a 40 metros de diâmetro.
Existem 2 tipos de castanheiro - o bravo e o manso - consoante a forma de regeneração e o tipo de exploração que se pretende. A um povoamento de castanheiros mansos, vocacionados para produzir castanhas, dá-se o nome de "souto" e a um povoamento vocacionado para produzir madeira, dá-se frequentemente o nome de "castiçal".

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Floresta Laurissilva, Madeira


A Floresta Laurissilva, eleita uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal já era considerada como Património Natural Mundial da UNESCO e classificada como Reserva Biogenética do Conselho da Europa.
A Floresta ocupa cerca de 20% da ilha da Madeira, cerca de 15.000 hectares e localiza-se na costa norte, entre os 300 e 1300 m de altitude.

O nome Laurissilva resulta de dois termos em Latim, laurus e silva que significam, respectivamente, loureiro e floresta. Esta floresta ocupa uma área de cerca de 15.000 hectares e Actualmente, é a mancha de Laurissilva mais extensa e mais bem conservada dos Arquipélagos que constituem a Macaronésia e é considerada por muitos uma relíquia da floresta subtropical que, na era Terceária, existiu no sul da Europa e bacia do Mediterrâneo.
Mais um orgulho para os madeirenses!
Nao deixem de preservar o que a natureza nos deu e dá-nos todos os dias, esta pode ser muito nefasta, tal como o foi em Fevereiro passado, mas também pode ser uma dádiva em prol dos seres humanos.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Grutas de Mira D'Aire-Mais uma das 7 Maravilhas Naturais


Enquadramento Geológico e Geomorfológico

A região central de Portugal entre Rio Maior, Alcobaça, Porto de Mós, Batalha, Leiria, Ourém, Torres Novas e Alcanena, é ocupada, por serras calcárias, que constituem o maciço calcário estremenho. Dele fazem parte duas serras principais, a de Aire e dos Candeeiros.Esta região é caracterizada por não ser atravessada por nenhum rio, já que a água das chuvas se infiltra quase completamente nas fendas da rocha em vez de escorrer pelas vertentes e originarem rios. É que, ao contrário das outras rochas, o calcário é dissolvido pela água. Esta esculpe curiosas formações desde simples rendilhado, pequenas pias, marmitas e cristas aguçadas até aos maiores pedestrais, são denominados lápiás pelos estudiosos destas regiões e são classificados de acordo com a sua origem, forma e dimensões.Outra característica das regiões calcárias é a existência de depressões fechadas com vertentes rochosas e o fundo coberto por solos argilosos vermelhos. Na região, estas depressões são por vezes determinados covões enquanto os solos vermelhos são conhecidos como FELGAR. Os cientistas chamam dolinas às depressões fechadas e terra rossa a esses solos típicos em todas as regiões calcárias do Mediterrâneo.Ao contrário dos lápiás, de rocha nua e escalvada, que só as cabras se atrevem a percorrer, as dolinas são os raros locais onde é possível fazer agricultura, milho de sequeiro, batatas e outras espécies que não exigem muita água, são as preferidas dos agricultores.Mas com engenho e esforço o homem foi espalhando ao longo dos séculos miríades de oliveiras pelas encostas mais íngremes ou mais rochosas, aproveitando habilmente as mais pequenas manchas de solo.Por vezes, onde o solo era mais escasso, foi necessário retirar e calcular as quantidades de pedras, depois dispostas em marouços ou aproveitadas para construir muros, também tão típicos das regiões calcárias.Ao penetrar nas pequenas fissuras de rocha, a água alarga-as por dissolução e transforma-as em grandes corredores ou em poços naturais que, na região têm o nome de algares. Foi num destes algares, existentes no sítio de Moinhos Velhos, pequeno por sinal, e aparentemente igual a tantos outros, que em 1947 alguns habitantes de Mira de Aire entraram.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Lagoa das Sete Cidades

A Lagoa das Sete Cidades, na Ilha de São Miguel, nos Açores, é uma das Sete Maravilhas Naturais de Portugal, na categoria de Zona Aquática Não-Marinha.
Com uma superfície de 4,35 quilómetros quadrados e uma profundidade de 33 metros, a Lagoa é um dos locais mais emblemáticos da ilha e contém toda uma mística, associada à sua beleza e imponência.
Dividida por um canal pouco profundo, a Lagoa das Sete Cidades é atravessada por uma ponte que separa um lago de cor verde, de um lado, e um lago de cor azul, de outro lado.
Inclui terrenos agrícolas, maciços florestais e integra ainda uma área urbana, a freguesia das sete cidades, que se caracteriza pela existência de casas tradicionais e de locais emblemáticos, como a Igreja de São Nicolau, o túnel de descarga da lagoa e a casa dos herdeiros Caetano e Andrade.
A Lagoa das Sete Cidades é, sem dúvida, um dos locais mágicos da ilha de São Miguel e de todo o arquipélago dos Açores. Este misticismo provém de toda a sua imponência como da associação do local ao célebre mito da Atlântida. A primeira menção feita a esta ilha ‘imaginária’ foi feita por Platão e durante toda a Antiguidade Clássica o debate acerca da sua existência foi uma constante. A verdade é que sempre se especulou sobre o facto dos Açores fazerem parte do cume das montanhas da Atlântida, que se terá afundado algures no Oceano Atlântico, algo que se mantêm envolto em mistério até hoje.
http://www.acores5maravilhas.com

domingo, 7 de novembro de 2010

sábado, 6 de novembro de 2010

Casuar



Designação de aves que não podem voar da família dos Casuarídeos. O casuar-comum ou casuar-de-capacete (Casuarius casuarius ) é a maior ave, a seguir ao avestruz, vive nas selvas tropicais, tem o comprimento de 183 centímetros, a altura de 90 centímetros e o seu tarso pode atingir os 30 centímetros. O seu peso pode atingir os 85 quilos. É uma ave de cor negra, com penas cerdosas. As remiges estão transformadas em grandes cerdas espinhosas e as asas são sedimentares inadequadas para o voo. Possui um capacete córneo de razoável tamanho no cimo da cabeça. O pescoço é nu de cor azulada com epiderme constituída por avultadas verrugas vermelhas. Os machos e fêmeas são idênticos não se verificando dimorfismo sexual. Alimentam-se de frutos caídos e plantas verdes, sendo essencialmente um fitófago que também come pequenos animais. Na época da reprodução constroem o ninho no solo, que se traduz por uma cova pouco funda, por vezes, ligeiramente forrada por ervas e folhas caídas. Nele são postos de três a oito ovos cujo período de incubação é de 49 a 56 dias, donde nascem crias nidífugas com riscas longitudinais e alternantes branco-amareladas e pardo- escuras. As crias são assistidas por ambos os progenitores durante os primeiros nove meses de vida. A grande unha tipo lâmina existente no dedo exterior é utilizada em luta.

In Infopédia

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Parque Natural de Montesinho



O Parque Natural de Montesinho foi criado a 30 de Agosto de 1979, segundo o Decreto-Lei n.º 355/79, ocupando uma área de 75 000 hectares, e integra parte dos concelhos de Bragança e Vinhais. No extremo Nordeste de Portugal, limitado a norte, oeste e leste por Espanha e, a sul, por uma linha imaginária, que se estende de Sandim a Quintanilha, passando por Vinhais e Bragança, fica definido o espaço do Parque Natural de Montesinho. Carvalhais e castinçais alternando com lameiros, campos de cultura e aldeias características são o traço essencial deste Parque.Zona planáltica e de média montanha, apresentando uma morfologia regular, se bem que elevada, em que sobressaem as serras da Sequeira (1146 metros), da Coroa (1272 metros), de Mofreita (1147 metros), de Montesinho (1480 metros) e de Guadramil (1026 metros). Do conjunto, destaca-se a serra de Montesinho. Situado na Terra Fria transmontana, o território do Parque Natural apresenta um Inverno agreste, com alguma neve, e o Verão é curto e muito quente.O Parque Natural abrange toda uma zona de nascimento de cursos de água, que convergem para o vale do Douro e cujo fulcro se situa em Espanha. O rio Mente delimita Montesinho a oeste e o rio Maçãs, a leste. Entre ambos, e de oeste para leste, correm o Rabaçal, o Assureira, o das Trutas, o Tuela e o Barceiro, o Sabor, o Igrejas e o de Onor e as ribeiras de Pereira e de Caravelas, em vales estreitos ou mais amplos. A natureza dos solos é essencialmente xistosa, aflorando por vezes o calcário, como em Cova da Lua e Dine, existindo manchas graníticas na serra de Montezinho e, no extremo ocidental, em Pinheiros.No que diz respeito à flora, a vegetação do Parque Natural é dominada pela presença de carvalhais, alguns deles dos maiores do País, de frondosos castinçais, sobretudo na região de Vinhais, prados naturais de variada composição florística, de lameiros e importantes extensões de mato. Existem manchas de azinheira, carrasco - na terminologia local - em zonas mais baixas e abrigadas, e o vidoeiro ainda é visível em altitudes superiores aos 1000 metros, nas serras da Coroa, Mofreita e Montesinho. Junto às linhas de água, surgem ulmeiros, freixos, salgueiros, choupos e amieiros.Quanto à fauna, observa-se a presença de mamíferos como o lobo, a raposa, a fuinha, o gato-bravo, o texugo, o toirão e a lontra, a gineta, coelhos e lebres, bem como inúmeros micromamíferos, desde o rato-do-campo até à toupeira-d'água. De entre as aves, a par da ameaçada águia-real, regista-se a presença de inúmeras aves de presa, como o milhafre, a águia-de-asa-redonda, o gavião e o peneireiro. Abunda a perdiz, o pombo-torcaz, a charrela, a codorniz e o tordo, sendo a área também frequentada pela cegonha. Répteis e batráquios - tritão-de-ventre-laranja, sapo, dicoglosso, sardão, cobra-de-água-de-colar, víbora-cornuda - e peixes - a truta, a boga, o escalo e o barbo -fazem parte de um conjunto faunístico diversificado.Quanto ao povoamento, adquire aqui um aspecto aglomerado, as casas agrupam-se em núcleos compactos. A casa é, por via de regra, rectangular, com telhado de duas águas, de aspecto rude mas robusta, com uma construção que utiliza materiais e princípios rudimentares.No que diz respeito à arquitectura, nas aldeias do Parque Natural de Montesinho apenas se encontram pequenas capelas ou igrejas de planta rectangular, como em Sacóias e em Rio de Onor. No exterior, o culto religioso faz-se nas denominadas "alminhas". Os moinhos movidos pela força da água testemunham uma arte antiga no aproveitamento das energias naturais. As paredes são, regra geral, de xisto, o mecanismo de moagem encontra-se montado no piso superior, o sobrado, enquanto o rodízio que faz girar a mó se esconde no piso inferior, o cabouco, para onde a água é conduzida através de um caleiro de pedra ou por um simples tronco escavado. O forno comum, a frágua do povo, o moinho ou lagar comunitário, são outras formas de arquitectura rural que podem ser observadas no Parque Natural de Montesinho.

In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Para rir

A verdadeira mochila ecológica!!!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Carta Europeia da Água



Nos anos 60, as preocupações com o nível de poluição das águas doces aumentaram consideravelmente.
Concluía-se na altura que “os progressos da civilização moderna conduzem, em certos casos, a uma crescente degradação dos recursos naturais” e que “devem ser tomadas medidas no sentido de conservação da qualidade e quantidade dos nosso recursos aquíferos”.
O Conselho da Europa proclama assim, em Maio de 1968, a “Carta Europeia da Água”, um documento que constituiria um meio de acção efi caz para se compreender melhor os problemas relacionados com a água e que apelava a uma acção colectiva à escala europeia.
Passados mais de 20 anos, todos os princípios se mantêm actuais e igualmente importantes:
I Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.
II Os recursos de águas doces não são inesgotáveis. É indispensável preservá-los, administrá-los e, se possível, aumentá-los.
III Alterar a qualidade da água é prejudicar a vida do homem e dos outros seres vivos que dependem dela.
IV A qualidade da água deve ser mantida a níveis adaptados à
utilização para que está prevista e deve, designadamente,
satisfazer as exigências da saúde pública.
V Quando a água, depois de utilizada, volta ao meio natural, não deve comprometer as utilizações
ulteriores que dela se farão, quer públicas, quer privadas.
VI A manutenção de uma cobertura vegetal adequada, de preferência florestal, é essencial para a
conservação dos recursos de água.
VII Os recursos aquíferos devem ser inventariados.
VIII A boa gestão da água deve ser objecto de um plano promulgado pelas autoridades competentes.
IX A salvaguarda da água implica um esforço crescente de investigação,
de formação de especialistas e de informação pública.
X A água é um património comum, cujo valor deve ser reconhecido por todos. Cada um tem o dever de a economizar e utilizar com cuidado.
XI A gestão dos recursos de água deve inscrever-se no quadro da bacia natural, de preferência a ser inserida no das fronteiras administrativas e políticas.
XII A água não tem fronteiras. É um recurso comum que necessita de uma cooperação internacional.
In revista Noesis, destacável nº76

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Como ajudar o ambiente

  • Prefira produtos de origem nacional (este modo evitará a emissão de toneladas de CO2 para a atmosfera, uma vez que não serão necessários tantos transportes);
  • Se reciclar metade do seu lixo caseiro evita a emissão de 1000 Kg de CO2 por ano.
  • Use as máquinas de lavar com a carga máxima e com programas de baixa temperatura;
  • O standby e off-mode dos electrodomésticos representam 5% do consumo de electricidade;
  • Encher a chaleira para fazer apenas uma chávena de chá liberta 125 chávenas de CO2;
  • Um carro híbrido pode poupar entre 20% a 30% de combustível;
  • Use menos água quente, instale chuveiros de baixa pressão e evite a emissão de 160 Kg de CO2 por ano;
  • Lave a roupa em água fria ou morna e evite a emissão de 230 Kg de CO2 por ano;
  • Uma torneira a pingar uma gota por segundo equivale ao desperdício de 45 l. por dia;
  • Veja a pressão de ar dos pneus do carro todos os meses e poderá poupar até 4% de combustível;
  • O uso da panela de pressão para cozinhar pode reduzir até 70% de consumo de gás;
  • Se o ar condicionado funcionar apenas 8h por dia na sua empresa poupa 12,5% de energia;
  • Feche as cortinas no Verão e abra-as no Inverno. Reduz em 25% os gastos de energia;
  • Os combustíveis fósseis estão a esgotar-se 100 mil vezes mais rapidamente do que se formam;
  • Baixar o termostato um grau produz menos 300 Kg de CO2 e diminui a conta em 10%;
  • Um televisor com ecrã de 50 cm consome até 10 vezes menos electricidade que um de 120 cm;
  • As emissões dos veículos atingem o ponto mais baixo quando se acelera entre 65 e 95 km/h.
Informações retiradas do Jornal Expresso durante o Mês do Ambiente (Setembro)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Para pensar

"- Olha, Watkinns-inventei uma nova criatura pré-histórica!"